Como desfazer uma sociedade em caso de empresa LTDA?
23 de fevereiro de 2024

Uma sociedade limitada (LTDA) é um tipo de empresa popular no Brasil, pois oferece vantagens como a limitação da responsabilidade dos sócios e a tributação simplificada. No entanto, podem surgir situações que levem os sócios a querer desfazer a sociedade.

Neste artigo, abordaremos os motivos para desfazer uma sociedade LTDA, os tipos de dissolução e os procedimentos para realizar esse processo de forma legal e segura.


As cláusulas de rescisão em contratos são como a letra miúda que muitas vezes passa despercebida, mas que pode ter impactos significativos. Uma das preocupações centrais é a multa rescisória, um valor aplicado em casos de quebra de contrato. Vamos explorar o que significa e como determinar se uma cláusula de rescisão é abusiva ou não.


1. Motivos para desfazer uma sociedade LTDA:


  • Desacordo entre os sócios: Desavenças e falta de consenso sobre a gestão da empresa podem inviabilizar a continuidade da sociedade.
  • Perdas financeiras: Dificuldades financeiras e a inviabilidade de recuperação da empresa podem levar à dissolução.
  • Falta de interesse: Um dos sócios pode perder o interesse no negócio e desejar sair da sociedade.
  • Falecimento de um sócio: O falecimento de um sócio pode levar à dissolução da sociedade, dependendo do contrato social.
  • Novo projeto: Um ou mais sócios podem ter outros projetos e desejar sair da empresa para se dedicar a eles.


2. Tipos de dissolução de sociedade:


  • Proporcionalidade ao tempo restante: A multa deve ser proporcional ao tempo que falta para o término do contrato. Cláusulas que não consideram esse fator podem ser consideradas abusivas.
  • Clareza e diretividade: A descrição da multa no contrato deve ser clara e direta, evitando ambiguidades que possam confundir as partes envolvidas.
  • Limite de 10% do valor total: A legislação, como o Código Civil e o Código de Defesa do Consumidor, estabelece que a multa rescisória não pode ultrapassar 10% do valor total do contrato. Cláusulas que excedem esse limite podem ser consideradas abusivas.


3. Procedimentos para desfazer uma sociedade LTDA:


  • Reunião de sócios: Os sócios devem se reunir para discutir a dissolução da sociedade e decidir sobre o tipo de dissolução e os procedimentos a serem adotados.
  • Alteração do contrato social: A dissolução da sociedade deve ser registrada no contrato social da empresa.
  • Comunicação aos órgãos públicos: A Junta Comercial e o fisco devem ser informados sobre a dissolução da sociedade.
  • Liquidação dos ativos: Os ativos da empresa devem ser vendidos para pagar as dívidas e distribuir o saldo entre os sócios.
  • Baixa da empresa: A empresa deve ser baixada na Junta Comercial após a liquidação dos ativos.


É importante buscar orientação de um advogado especialista para realizar o processo de dissolução da sociedade LTDA de forma legal e segura. Desfazer uma sociedade LTDA é um processo complexo que exige planejamento e cuidado. A comunicação entre os sócios e a busca por orientação profissional são essenciais para garantir que o processo seja realizado de forma tranquila e eficiente. Lembre-se: este artigo é apenas informativo e não substitui a consulta profissional.

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3 de julho de 2025
As holdings são ferramentas jurídicas amplamente utilizadas por empresários que desejam proteger o patrimônio, planejar a sucessão e organizar a estrutura societária da empresa de forma eficiente. Antes de optar por essa solução é essencial compreender as diferenças entre os dois principais modelos a holding pura e a holding mista. O que é uma holding Holding é uma empresa criada com o objetivo principal de deter participações em outras sociedades. Na prática funciona como uma estrutura de controle que permite centralizar decisões organizar ativos e garantir maior segurança na administração do grupo empresarial e do patrimônio familiar. Holding pura controle exclusivo com foco estratégico A holding pura tem como única finalidade manter participações em outras empresas. Ela não desenvolve atividades operacionais como comércio ou prestação de serviços. Principais características da holding pura Atua apenas como controladora de outras sociedades Centraliza a gestão societária e patrimonial Facilita o planejamento sucessório e a proteção de bens Possui regime tributário diferenciado conforme o modelo adotado É uma escolha indicada para grupos empresariais ou famílias que desejam manter a organização patrimonial e o controle da estrutura societária sem se envolver diretamente em atividades comerciais. Holding mista controle e operação sob a mesma estrutura A holding mista combina duas funções. Além de controlar outras empresas também exerce atividades operacionais como venda de produtos ou prestação de serviços. Principais características da holding mista Acumula a função de controladora com atividades empresariais próprias Demanda maior atenção à gestão contábil e administrativa Pode gerar receitas além dos dividendos das controladas Exige análise detalhada para garantir eficiência fiscal Esse modelo é adequado para empresas que buscam centralizar o controle e ao mesmo tempo manter suas operações sob a mesma estrutura jurídica. Qual modelo se adapta ao seu negócio Escolher entre uma holding pura ou mista depende dos objetivos estratégicos da empresa do perfil societário e da expectativa em relação à governança sucessão e eficiência tributária Uma análise personalizada realizada por uma equipe jurídica especializada é essencial para identificar o modelo ideal. Cada empresa possui particularidades que precisam ser avaliadas com atenção para garantir proteção patrimonial segurança jurídica e sustentabilidade nos negócios. Considerações finais A adoção de uma holding pode ser uma solução eficaz para empresários que buscam mais controle sobre o patrimônio e as operações. Entender a diferença entre os modelos pura e mista é o primeiro passo para tomar decisões seguras com base em estratégia e planejamento jurídico.
25 de maio de 2025
Quando um contrato precisa ser encerrado antes do previsto, seja por decisão mútua ou por iniciativa de uma das partes, é necessário formalizar esse encerramento por meio de um documento: o distrato contratual . Seja em contratos de prestação de serviços, compra e venda, locação, sociedade ou parcerias comerciais, o distrato é fundamental para evitar conflitos futuros, garantir segurança jurídica e documentar os termos em que o vínculo será encerrado. Mas afinal, quais cláusulas são obrigatórias em um distrato? É o que você vai entender neste conteúdo. O que é o distrato contratual? O distrato é o documento que formaliza o encerramento de um contrato anteriormente firmado . Ele deve refletir, com clareza e segurança, as condições que as partes acordaram para colocar fim à relação contratual. Apesar de parecer simples, o distrato exige atenção técnica: é ele quem determina o que será mantido, revogado, ajustado ou indenizado . Um distrato mal elaborado pode gerar riscos financeiros, litígios e até nulidade. Cláusulas que não podem faltar em um distrato A seguir, listamos os principais pontos que devem constar em qualquer documento de distrato: 1. Identificação das partes Assim como no contrato original, o distrato deve conter a qualificação completa das partes envolvidas, com nome, CPF ou CNPJ, endereço e dados de contato. 2. Referência ao contrato original O distrato precisa deixar claro qual contrato está sendo encerrado, citando número, data, objeto e demais elementos que o individualizem. 3. Motivo da rescisão É altamente recomendável incluir o motivo da rescisão, ainda que de forma resumida. Isso ajuda a contextualizar o distrato e pode ser relevante em eventuais discussões futuras. 4. Acordo sobre obrigações pendentes Um dos pontos mais sensíveis: o distrato deve definir quais obrigações permanecerão vigentes (como pagamentos, prazos ou cláusulas de sigilo, por exemplo) e quais serão extintas com o encerramento do contrato. 5. Condições financeiras Se houver valores a serem pagos, devolvidos ou compensados, isso deve estar claramente descrito: forma de pagamento, prazos, eventuais descontos ou abatimentos, e encargos aplicáveis. 6. Renúncia a litígios e quitação É comum e recomendado incluir uma cláusula de quitação recíproca e renúncia à propositura de ações judiciais relativas ao contrato encerrado, desde que todas as obrigações estejam cumpridas. 7. Cláusula de confidencialidade (se necessário) Caso o contrato envolva informações sensíveis, pode-se reafirmar cláusulas de sigilo mesmo após o encerramento da relação. 8. Assinaturas e reconhecimento O distrato deve ser assinado por todas as partes. Em alguns casos, o reconhecimento de firma é indicado como forma de reforçar a autenticidade do documento. Cuidado com modelos prontos: cada distrato deve ser único É comum encontrar modelos de distrato na internet. No entanto, cada relação contratual possui suas particularidades, e um modelo genérico pode deixar brechas, omitir pontos importantes ou gerar interpretações ambíguas. Distratar sem respaldo jurídico pode parecer uma solução rápida, mas os prejuízos causados por uma cláusula mal redigida podem ser muito maiores do que o custo de uma consultoria especializada. Por que contar com apoio jurídico ao elaborar um distrato? Um distrato não é apenas o fim de um contrato, ele é um novo instrumento jurídico, com efeitos próprios. Ter suporte de um advogado garante que: As cláusulas estejam juridicamente válidas e equilibradas Os riscos de conflito futuro sejam reduzidos As obrigações remanescentes sejam adequadamente tratadas Os direitos de ambas as partes estejam protegidos Encerrar um contrato com segurança exige mais do que boa vontade entre as partes. O distrato contratual é uma etapa jurídica indispensável, e deve ser elaborado com atenção a cláusulas obrigatórias que assegurem clareza, legalidade e proteção para todos os envolvidos. Se você está encerrando um contrato ou negociando a rescisão de um vínculo comercial, procure orientação jurídica especializada. Uma análise técnica pode evitar prejuízos e litígios desnecessários.